1907. Afonso recomeça a vida numa ilha tropical africana como médico de uma plantação, onde terá de curar um grupo de serviçais “infectados” pelo Banzo, a nostalgia dos escravos. Morrem às dezenas, de inanição ou suicidando-se. Por receio de contágio, o grupo é enviado para um morro chuvoso, cercado por floresta. Ali, Afonso tenta curar os serviçais, mas a incapacidade de entender o que lhes vai na alma revela-se mais forte que todas soluções.
O ano é 1907 e Afonso trabalha como médico numa plantação numa ilha tropical africana. Tem como objetivo curar o Banzo, que é a nostalgia dos escravos. Como entender o invisível? Como entender o sofrimento daqueles a quem foi negado o lamento? Margarida Cardoso convida-nos a mergulhar numa história escrita com lucidez e generosidade. A distância que se estabelece entre a cineasta e as personagens (bem como a distância que se traça entre todos no filme) será uma das chaves para abordar esta dolorosa história. – Miquel Escudero Diéguez