Duas amigas, colegas de escola, tentam subverter as regras, como qualquer outro adolescente pelo mundo. São rituais de passagem que gerações incontáveis viveram. Mas, neste caso, as duas amigas são iranianas e as regras da sociedade vão tornar as consequências mais dolorosas.
Numa escola iraniana para raparigas, duas amigas tentam contornar as rígidas regras dos costumes e do ensino e levam uma garrafa de whisky para se divertirem juntas. Grande parte do entusiasmo das adolescentes vem do acto da transgressão e não tanto do conteúdo da garrafa, mas ao serem apanhadas pela direcção da escola, a justificação dos acontecimentos vai pôr à prova a amizade entre as duas, apanhadas numa teia de manipulações emocionais em que diferentes origens familiares determinam diferentes formas de tratamento. As relações de poder, o autoritarismo e o medo manifestam-se em toda a sociedade iraniana, e nem numa escola exclusivamente feminina as mulheres estão a salvo da dominação masculina. (Margarida Moz)