Hong Kong é o sítio onde Simon Liu cresceu e a relação do realizador com a região – local de protestos e tensões com a República Popular da China – permeia este filme. Dos pequenos prazeres às imagens de eventos recentes, tudo funciona como homenagem ou chamada de atenção.
Um filme de pequenas coisas, memórias, pormenores de uma terra que, no meio de uma convulsão social, vai aos poucos perdendo a memória do passado enquanto enfrenta as incertezas do momento. Hong Kong tem demonstrado uma capacidade de resistência que o realizador aqui tenta homenagear, com enorme sensibilidade e subtileza, numa composição sonora e visual que eleva a poesia os espaços públicos e o quotidiano das pessoas. (Margarida Moz)