Uma exploração de como as imagens compostas por Inteligência Artificial se podem tornar num objecto de fascínio, especialmente quando tentamos usá-las na escavação de uma obsessão.
Este filme interroga, como muitos o farão, inevitavelmente em anos vindouros, a utilização de Inteligência Artifical (IA) na criação de imagens. O grande rasgo de Arthur Chopin aqui consiste em mostrar-nos o quanto esta inteligência é (ainda apenas?) um espelho da Humanidade. A IA trabalha por através de solicitações, juntando e amalgamando imagens pré-existentes numa nova forma por si concebida, que resulta de uma manipulação de registos e memórias humanas. Mas, sobretudo, está imbuída todos os preconceitos inerentes ao ser humanado; o seu racismo, o seu sexismo, o seu excesso. (Ana Cabral Martins)