Um filme sobre o luto e como é regressar a um sítio de partilha familiar quando morreu um dos membros da família.
A memória é levada da breca. E quando nutrimos sentimentos de admiração pelos que nos estão próximos, torna-se turva a nossa percepção da realidade (quase sempre). O que Kayla Fragman faz, elu que é descendente de portugueses emigrados no Canadá, é trazer a sua câmara para reconquistar essa admiração. A partir de uma casa cheia de recordações de infância, fala-se de José, o homem que foi avô e pai destes dois, Kevin e Kayla e entre os dois e as suas memórias, se revela esta ligação afectiva tão bonita que quase se perdia e que um fio fez juntar. Este é um documentário que não julga ninguém, não tenta criar heróis, nem mitos. Afinal, o amor vence sempre a morte. (Miguel Valverde)