Uma animação delirante ao ritmo de uma matrioska a ser desconstruída, entre pães, mãos e o consumo de cigarros.
Este trabalho de Andy Cahill não está interessado em ser claro face à narrativa que nos apresenta. As ideias vão-se surgindo em sequências oníricas, surreais e nós descemos por um buraco que não assustaria Alice, até um País das Maravilhas povoado por cigarros, pães, laranjas, relógios. Figuras dentro de figuras, qual matriosca. Cahill traz-nos para um mundo de ambiguidade que se assenta em cores garridas, padrões repetidos e tudo o que é convencional é atirado janela fora. É o ambiente abstracto que interessa explorar e os momentos de delírio, desespero e excitação que consegue conjurar. (Ana Cabral Martins)