Os jogos cinematográficos com o uso integrado de Inteligência Artificial começam a proliferar e nesta curta metragem navegamos por um mundo de imagens assim criadas, mas também por conversas com um chatbot que nos revela todas as tendências e preconceitos do ser humano.
Inteligência artificial não é algo novo, mas nos últimos anos tem havido um domínio do tema na cultura que tem sido impossível de negar ou evitar. A sociedade é permeável, e deve, a novas tecnologias mas é inevitável falarmos do que se perde com a introdução das mesmas. IA como muitas outras tecnologias anteriores vem substituir recursos humanos mas também neste caso vem substituir recursos psicológicos e emocionais. É aqui onde entra Replika, um chatbot onde podemos criar relações de cariz romântico ou de amizade com uma inteligência artificial. A nossa Replika não nos irá criticar, bem pelo contrário, vai nos confortar em qualquer momento de abalo emocional. Humanizada por uns, maltratada por outros, o filme de Inès Sieulle usa Replika, não para falar do domínio da máquina sobre o ser humano, mas antes para segurar um espelho à humanidade em si. (Rui Mendes)