Uma estrutura gigante no meio de uma comunidade. Uma chaminé de arquitectura brutalista que domina uma paisagem britânica e que aguarda a sua demolição. As histórias que se podem contar das suas décadas de existência pelos olhos de quem se habituou a ela.
Fawley uma chaminé de 200 metros é a protagonista, entre arquivos vários e imagens actuais constrói-se uma narrativa que conta o edifício. Único na época de arquitectura brutalista ergue-se no território. Mergulha-se nos pântanos, no solo, nos micro organismos, vemos insectos em grande plano, projectam-se teias, redes eléctricas, paisagens e memórias que viram a chaminé erguer-se. Testemunhos vão fornecendo detalhes da sua construção, as impressões provocadas, os sonhos… Aponta-se a sua inquietante figura, ‘’catedral de poder’’, futurista, “árvore”, objecto pulsante, vibrante, e desenha-se uma profunda reflexão do papel deste edifício-ser com marcante presença –ausência– num universo em transformação. (Carlota Gonçalves)