01 MAIO — 11 MAIO 2025

01 MAIO — 11 MAIO 2025

Colecção de filmes: em homenagem a todas as pessoas trabalhadoras

Neste Dia Internacional do Trabalhador fazemos uma homenagem às pessoas trabalhadoras de vários lugares do mundo, que mesmo noutras dimensões inventadas vivem em contextos de incerteza e insegurança. Destacamos cinco filmes de várias secções do festival que salientam que a reivindicação por melhores condições laborais continua ainda hoje a ser uma revolução urgente. 

Nas margens do Nilo, no Sudão, conhecemos Maher, um exilado do Darfur e protagonista do filme Le Barrage, de Ali Cherri. O actor não profissional Maher El Khair fabrica tijolos na vida e na ficção, em dias de trabalho esgotantes que combina com a construção de uma estrutura sua feita de lama. A realidade decadente é interrompida pelo desaparecimento da sua criação. Um filme que representa a violência invisível, com a Revolução Sudanesa como cenário político. Será exibido pela primeira vez hoje, às 21:45, na Culturgest.

Sobre las nubes é uma fábula urbana resultante da observação atenta de María Aparicio sobre o centro de Córdoba, que nos parece dizer que a vida é o que acontece enquanto trabalhamos, ou que talvez seja o que nos acontece enquanto vamos e voltamos do trabalho. Filmando ternura e bondade, Aparicio retrata quatro histórias de quatro personagens da classe média e a sua relação com o mundo laboral. Para ver novamente no próximo dia 5 de Maio, às 20:00 no Cinema Ideal.

O Foco Silvestre, dedicado ao trabalho e ao movimento sindical, convidou a participação do projecto FILMar, operacionalizado pela Cinemateca Portuguesa, que hoje recupera A Canção da Terra, um filme de Jorge Brum do Canto, de 1938. A acção decorre no Porto Santo, numa altura de seca que traz grandes dificuldades à população local. Entre preocupações económicas e um triângulo amoroso, os dados estão lançados para um conflito sem precedentes. A sessão é única, às 21:30, no Cinema São Jorge.

Da Boca do Inferno, Fumer fait tousser, o mais recente filme de Quentin Dupieux, apresenta-nos uma trupe de heróis anti-tabaco, cujos poderes são gerados a nicotina, que está a precisar de voltar a aprender a trabalhar em conjunto. O seu chefe, um rato mutante, obriga-os a ir para um retiro de fim-de-semana com o objectivo de melhorarem o desenvolvimento e produtividade da equipa. O filme voltará a ser exibido na Maratona, no próximo dia 5 de Maio, com início às 23:00 e noite fora até o sol nascer.

A vida de uma produtora de cinema pelos olhos de Susana Nobre. Cidade Rabat olha para um microcosmos muito específico e mostra como a vida e o trabalho rapidamente se misturam num único acontecimento. Da Berlinale para o IndieLisboa, este filme conta um desalento universal: a precariedade e a dificuldade em corresponder às expectativas como uma realidade que atravessa gerações. Em competição e estreia nacional, Cidade Rabat poderá ser visto uma única vez: hoje às 21:30, na Culturgest.

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