Alexandre vive o seu primeiro luto com a morte do tio. Sem saber lidar com a dor dos que cá ficam, enfrenta a situação à sua maneira.
Alexandre é um adolescente a lidar pela primeira vez com a morte de um familiar. Para evitar estar em casa, onde terá de se confrontar com a dor dos outros, prolonga o seu treino de futebol, demora-se na observação do que o rodeia, perde-se em pensamentos. É na geografia da cidade que se vai expressando o seu processo de luto; a deambulação pelos lugares desenha a sua fuga em frente. Tratando o tema do luto com grande contenção e delicadeza, Para Sempre Cá é um filme que se inscreve na tradição do “coming of age”, retratando um momento de conflito interno de um jovem em amadurecimento. (Cláudia Marques)