Um envelope amarelo encontrado na gaveta da mesa de cabeceira que sobreviveu a dez casas, que atravessou quase duas décadas. O pai, a mãe, o Zé, o avô, a tia Gabriela, a Lourdes, a Laura. E o Viriato, que dá início às recordações de uma criança de 3 anos, na altura do envelope redescoberto. Com grande generosidade, o autor procura memórias nas fotografias que se revelam aos poucos. Ao interrogar essas imagens surgidas do passado, leva-nos com ele numa viagem ao encontro das pessoas e dos lugares amados que continuam a habitar o seu presente. (Catherine Boutaud)