Um acontecimento traumático leva a diferentes formas de reagir entre os membros de um grupo de amigos. Enquanto uns se revoltam, outros afastam-se da realidade, procurando aconchego num mundo virtual.
Dizem que só vemos aquilo que queremos ver. A realidade é diferente para cada um de nós, mediante as crenças que informam a percepção. A memória traumática da morte por afogamento de um adolescente assombra um grupo de amigos. Um retrato do verão na periferia onde a resistência à violência policial convive com o refúgio encontrado nos jogos de vídeo. A ambivalência deste coming of age e a forma como ele habita os espaços físicos mas também etéreos contraria os estereótipos convencionais do género. É fogo de artifício ou uma explosão? (Susana Santos Rodrigues)