São vários os regressos que marcam o 20.º IndieLisboa. Além do número redondo, celebramos este marco no festival com o retorno de vários nomes que têm feito parte da programação do festival ao longo dos últimos anos. São cineastas cujo trabalho o IndieLisboa acompanha e que volta agora a receber de braços abertos.
Bas Devos regressa ao festival com o filme que venceu a secção Encounters na última Berlinale. Here é uma história de amor que une duas personagens por via do acaso, obrigando-nos a prestar atenção ao aqui e agora. É através do encontro entre Stefan e Shuxiu que o realizador expõe a importância da conexão entre seres humanos ou naturais. Repete no domingo, às 20:00, no Cinema Ideal.
Um ano depois de apresentar a curta-metragem El sembrador de estrellas no IndieLisboa, Lois Patiño volta com a longa-metragem Samsara. Desta vez em Competição Internacional, Patiño mostra-nos o conceito do bardo no Budismo, um estado de transição entre a morte e a reencarnação. O filme explora a passagem numa experiência de luz e som. A última oportunidade para vê-lo é no dia 5 de Maio, às 17:00, no Cinema São Jorge.
Também a longa-metragem de estreia da jovem cineasta Lola Quivoron compete no IndieLisboa. Depois de ter estado no festival em 2016, com a curta-metragem Au Loin, Baltimore, Quivoron mostra agora Rodeo, um dos vencedores da secção Un Certain Regard, do Festival de Cannes 2022. O western urbano fala-nos de Julia, do seu significado de liberdade e do mundo masculino onde se procura integrar. Entrevistámos a realizadora, numa parceria com o CINEblog do IFILNOVA, e o filme irá estar em sala em breve.
Depois de ter estado em Competição Internacional em 2021, com Nous, Alice Diop traz-nos desta vez Saint Omer, a sua primeira ficção. O filme conta a história de Rama, uma professora de literatura que, grávida, viaja até Saint-Omer para acompanhar um julgamento de uma estudante imigrante acusada de abandonar a filha. O filme poderá ainda ser visto amanhã, às 19:15, no Cinema São Jorge.
É com a curta-metragem Il faut regarder le fau ou brûler dedans, da secção Silvestre, que a dupla de cineastas de nacionalidade francesa Caroline Poggi e Jonathan Vinil regressam ao IndieLisboa, depois de terem tido uma retrospectiva integral na edição de 2019. O filme trata o fogo como elemento de rebelião e purificação, utilizado aqui pela própria realizadora para queimar o mundo como resposta à injustiça. Está presente na sessão Silvestre Curtas 4, que repete no Sábado, dia 6 de Maio, às 16h45, no Cinema São Jorge.