Adriana Sá e Pedro Melo Alves juntam-se numa noite de experimentação, performance e dimensões sónicas. Seguido por um dj set especial.
Filme relacionado: Sur La Stre Nuro, Na Corda Bamba, de Luis Fernandes (IndieMusic).
22:00 Abertura de portas
22:30 Adriana Sá + Pedro Melo Alves
Dj set para fechar a noite a anunciar brevemente!
Adriana Sá é artista transdisciplinar, performer, música/compositora. Considera que a música envolve a visão e o espaço, além da audição. Em 1998 começou a utilizar tecnologias de sensores para explorar relações entre som, luz, espaço, meteorologia e movimento. Desde 2008 trabalha com um instrumento audio-visual que se foi transformando ao longo de múltiplas versões, até hoje. Esse Instrumento inclui uma zither e um software que opera com base no som da zither, prolongando o espaço físico para um mundo digital 3D.
Jogando com estes ingredientes, a dramaturgia musical emerge da descoberta de sonoridades e texturas inesperadas. Interlaça momentos de delicadeza e momentos de densidade sónica, desdobrando-se em ambivalências e reviravoltas surpreendentes. A experiência do tempo coreografa-se com sons reconhecíveis e irreconhecíveis, flashes, e um cenário de pintura em movimento que reage ao som.
A solo, Pedro Melo Alves traz uma narrativa sensorial de percussão estendida, eletrónica e visuais sincronizados. À procura de um fluxo vivo e presente, o músico envolve-se numa relação plástica de fragmentação, fusão e metamorfose, de limites ambíguos e perturbadores, que expõem a fragilidade do eu e do controlo. Presença e ausência, identidade e diluição, realidade e virtualidade, solidão e coletividade. O discurso urgente da percussão e da luz alimentam esta esfera abstrata de confrontos. Fratura e pululação.
No fim, talvez a cedência de controlo e o encontro de todos num.
Pedro Melo Alves é um dos bateristas e compositores em maior destaque na cena musical vanguardista dos últimos anos em Portugal. Explorador das possibilidades expandidas da percussão, improvisador, compositor ambicioso para pequenas e grandes formações e programador, o seu trabalho é conhecido pela atitude exploratória e pelo cruzamento de circuitos estéticos, do jazz e erudita à música eletrónica, experimental e rock.