Um núcleo familiar comum, mas com uma faceta lunar: um pai dominador, uma mãe distante, uma filha adolescente insegura em relação ao namorado, e o mais pequeno, talvez num limbo identitário. Cada um deles a transbordar com as suas próprias frustrações e desejos.
Numa pequena aldeia, uma família banal revela-se na sua diversidade. A partir dos olhos de um menino que gosta de se passear nos vestidos da irmã, a família vive o quotidiano dando espaço ao crescimento dos filhos. No exterior, parece existir um esforço de explicação; em casa, as coisas são o que são, naturalmente. Cada um vive os seus receios e desejos sem grandes dramas. Na soma das partes que constituem a família não se perde a perspectiva de cada um dos seus membros, todos eles solitários, únicos. (Margarida Moz)