Além dos filmes de abertura e de encerramento, cabem dentro das Sessões Especiais outras ante-estreias e programas temáticos relativos à edição.
Este ano, o destaque vai para Orlando, ma biographie politique, de Paul B. Preciado, filme-sensação da última edição da Berlinale. A partir do clássico de Virginia Woolf, o escritor tornado realizador convocou um casting com 25 pessoas diferentes, todas trans e não binárias, dos 8 aos 70 anos, para interpretarem Orlando, enquanto narram as suas próprias vidas e ao mesmo tempo questionam: quem são os Orlandos contemporâneos?
Impossível não mencionar a Primeira Obra, de Rui Simões, veterano documentarista que conseguiu apoios para uma estreia na ficção. Rui Simões, realizador e produtor, tem um longo percurso no documentário, em vários formatos, onde se destacam Deus, Pátria, Autoridade (1975), Bom povo português (1980) ou Ruas da amargura (2008).
1976, a estreia de Manuela Martelli na realização é um óptimo exemplo de film noir chileno, que tenta desmontar as sequelas da ditadura fascista. O filme explora de forma tensa como a classe média chilena lidou com a tomada do poder de Pinochet através da perspectiva de uma mulher.
Nas curtas-metragens, Où en êtes-vous, Tsai Ming-Liang? é uma encomenda do Centre Pompidou ao realizador de Taiwan, que junta o seu nome à lista que conta já com Teresa Villaverde, João Pedro Rodrigues ou Jean-Marie Straub.
A 20.ª edição do IndieLisboa abre com Something You Said Last Night, de Luis De Filippis, um filme que se apresenta também na Competição Internacional, uma história que vemos poucas vezes ser contada nas narrativas trans. A sessão de encerramento apresenta The Adults, de Dustin Guy Defa, ou um outro tipo de circunstância familiar.
Todas as Sessões Especiais podem ser consultadas na página da secção.
O IndieLisboa arranca já no próximo dia 27 de Abril e ficará pelo Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal, Cinema Fernando Lopes e pela Piscina da Penha de França até ao dia 7 de Maio.
