LisbonTalks

O som no cinema contemporâneo.
Se o cinema tem na sua condição sónica a capacidade de nos fazer emergir num universo, as condições de audição e compreensibilidade do outro actuais pode colocar-nos desafios. A intensificação das “conversas surdas” da polarização dos discursos, dos sound bytes leva a colocar questões sobre a construção da sonoridade do cinema contemporâneo e a capacidade que este medium tem de nos fazer reflectir sobre os próprios tempos em que se inscreve. 

O trabalho com criação generativa no contexto português.
Onde está a Inteligência Artificial no processo do cinema? O trabalho com criação generativa no contexto português.

Numa era em que os formatos de narração estão a evoluir rapidamente, como é que as curtas-metragens podem manter-se relevantes e ter impacto junto de públicos emergentes? Este painel explora a intersecção entre as curtas-metragens, as séries de televisão e as plataformas digitais que moldam os hábitos de visionamento contemporâneos. Estarão os modelos tradicionais dos festivais desactualizados face aos jogos, à IA, à RV, à interatividade participativa, às séries Web e às plataformas de redes sociais como o TikTok?

Esta Talk é feita em parceria com a APAV – Associação de Apoio à Vítima

Nesta sessão serão abordadas questões que tocam as representações cinematográficas da violência sobre o universo infantil, sobre as sombras da guerra numa acção do quotidiano, como ir à escola. Alunos e professores tentam atravessar a História colectiva que vivem no território ucraniano, com a normalidade dos gestos que o gesto de aprender precisa. Porém, o desgaste e o sofrimento estão presentes também neste filme organizado num mosaico cinematográfico que nos conta em várias camadas diferentes estórias, sob o tom do perigo constante e de uns dos conflitos mais marcantes do contemporâneo. 

A sessão do filme Timestamp de Kateryna Gornostai (Ucrânia 2025) e este debate foram possíveis graças ao apoio da APAV.

Charlie Shackleton é um exímio contador de histórias que tem explorado os limites do filme-ensaio como género, transformando a experimentação formal e o material de arquivo, sejam filmes ou memórias, numa reflexão sobre o próprio cinema, mas também sobre sermos humanos. Esta conversa propõe uma análise da sua obra, colocando-a em diálogo com o estado actual da crítica de cinema, onde a escrita tradicional persiste, lado a lado com formatos mais dinâmicos e efémeros. Como se transforma o pensamento sobre cinema num ecossistema de consumo veloz? Que espaço resta para o aprofundamento analítico na era da viralização?

Convidado especial: Charlie Shackleton (Foco IndieLisboa 2025)